O novo Boeing - 787 Dreamliner

A Boeing, após 13 anos sem apresentar novidades, e face á crescente popularidade e sucesso do Airbus A380, decidiu lançar um novo avião e fixou como meta colocar no mercado cerca de 2 mil exemplares até 2023. Este Boeing é designado pela empresa como um avião “verde” (do ponto de vista ecológico); um de seus pontos revolucionários é a substituição, em cerca de 50%, do alumínio, material onipresente até agora na fabricação de aviões. Desse modo, metade do aparelho é feita com materiais compostos, como a fibra de carbono. "Ao fabricar uma sessão da fuselagem em uma só parte, eliminamos 1.500 lâminas de alumínio entre 40 mil e 50 mil rebites", explicou o construtor.  Segundo a Boeing, os componentes são mais resistentes e duráveis e permitem também uma redução do peso, o que se reflecte em uma redução do consumo de combustível do 787.
O 'Dreamliner', "tem condições de vôo comparáveis a outros aviões do mesmo tamanho e consumirá 20% menos combustível" do que modelos semelhantes. A Boeing diz que seu novo produto permite também uma redução de um terço dos custos de manutenção.
Entre as inovações do 787 estão um sistema de comando eléctrico (em substituição ao tradicional sistema hidráulico), mais conforto na cabine, janelas maiores e uma pressurização mais húmida do que nos modelos actuais. Outras inovações: as janelas possuem um tamanho maior do que as que conhecemos na actualidade. Isso reduz a sensação de confinamento que vôos mais longos sempre impõem a todos e não terão aquelas cortinas do tipo guilhotina que conhecemos. Os engenheiros da Boeing desenvolveram um sistema através do qual o vidro da janela escurece e fica quase opaco a um comando eletrônico dado pelo passageiro. Para completar, a Boeing desenvolveu um sistema interno de iluminação no 787 chamado zenital, capaz de reproduzir internamente a luminosidade natural do exterior. O objetivo desse sistema é facilitar a adaptação do organismo às alterações de fuso horário, reduzindo os efeitos do “jet lag”. A claridade interna obedece à variação de intensidade que é observada na natureza ao longo de 24 horas, durante a noite, por exemplo, o tom das luzes da cabine é de um azul suave. Garantem os engenheiros que dessa forma a adaptação dos passageiros ao horário no destino é mais fácil e menos stressante.


O lançamento oficial do 787 foi na sede da Boeing em Everett, 40 quilômetros ao norte de Seattle (Estado de Washington), às 15H30 (22H30 GMT) de 8 de Julho de 2007, e contou com a presença de cerca de 300 jornalistas. Pode assistir ao video da “premiere” do 787 neste link:


http://787premiere.newairplane.com/

Um dos 787 começará seus vôos de teste no próximo outono (no Hemisfério Norte) e a companhia japonesa ANA, que fez seu pedido em 2004, e que vai ser a primeira a quem serão entregues as aeronaves, planeia operar seus 'Dreamliners' já em 2008.
O 787, que começará sua carreira comercial alguns meses depois do A380, o avião gigante da Airbus, prepara uma estratégia oposta à de seu concorrente para alcançar o mesmo objetivo de redução de custos. O A380, que em uma de suas versões terá capacidade para mais de 800 passageiros, será usado para ligar grandes aeroportos, enquanto o 'Dreamliner' tem como função a ligação de cidades de médio porte, com versões capazes de transportar entre 210 e 330 passageiros.


     

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