Foi humilhante demais

Fiquei ontem até quase ás duas da madrugada para ver uma selecção miserável e sem ponta onde se lhe pegue. Não jogaram nada, foram literalmente atropelados pelo enorme futebol do Brasil e quanto ao auto-proclamado 1º,2º e 3º"melhor do mundo" até dava dó....

Assim não vamos muito longe; táctica péssima e jogadores muito mal escolhidos (e também sem jogarem nadinha) foi um doce para o Brasil que jogou sempre á velocidade da luz enquanto nós á velocidade de cruzeiro porque o brasil é mesmo é para férias e relax.

Volta Scolari, que os que diziam mal de ti já devem estar a chorar. Agora é que se vê o que o homem por ali fazia pois com ele fomos sempre superiores.

Deixo aqui um texto do Rui Tovar que acho que está muito bom:

SELECÇÃO HUMILHADA NO BRASIL

Foi muito mau. E patético. Quem nos mandou a nós metermo-nos com o Brasil, lá, e ainda por cima quando estamos numa fase de "reconstrução"? Sem esquecer, claro, que, nos últimos jogos com a "canarinha", tínhamos saído vencedores e de forma categórica. Estava mesmo a ver-se que vinha aí vingança. Só não se sabia é que podia atingir esta dimensão.
E o jogo até começou bem para as nossas cores, com um golo de Danny a desviar um remate de Bruno Alves. Mas não deu para gerir a vantagem. Nem para gerir o que quer que fosse. Os gerentes da defesa estiveram em noite não. Pepe, por exemplo, foi uma desgraça e esteve nos dois primeiros golos do Brasil. Primeiro, ao complicar lance fácil, depois a ser batido pela execução de Fabiano. Ao intervalo, o "escrete" ganhava por 2-1 e o resultado já era lisonjeiro para Portugal, uma vez que Robinho e Kaká tinham falhado cada qual a sua ocasião.
Para estancar a velocidade dos brasileiros, Queiroz fez entrar Meireles para o lugar de Tiago, ao mesmo tempo que o muito esforçado Danny dava o lugar ao veloz Nani. A tudo isso respondeu o Brasil com mais dois golos. Maicon a meter a bola pelo buraco da agulha, ludibriando Quim, e, a seguir, Fabiano, outra vez, numa recarga oportuna, e sem marcação. Terceiro golo consentido pelos centrais.
Um passe de Deco, isolando Simão, permitiu a este o reduzir da desvantagem. O que foste fazer! De novo, o gigante brasileiro se empertigou e foi a vez então de Elano reeditar o golo de Maicon, num remate cruzado quando Quim esperaria o centro. Mesmo a encerrar a festa, um centro largo de Marcelo foi aproveitado pelo anafado Adriano para, de cabeça, ali nas barbas dos centrais, e apesar dos quilos a mais, fixar o resultado da partida.
Pelo que atrás fica dito, percebe-se que pouca gente se salvou do descalabro. O sector defensivo terá rubricado a pior exibição dos últimos, vá lá, sem exageros, 30 anos. Na retina, ficaram apenas alguns apontamentos de Bosingwa. No meio, salvou-se Deco, mas longe do nível a que já nos habituou, e, na frente, uns fogachos de Ronaldo e a raça de Nani, o que, por junto, foi muito pouco.
No Brasil, o grande líder foi Kaká, mas toda a equipa, com uma dinâmica bem diferente da nossa, esteve em bom plano, com destaque para a dupla da frente Robinho-Fabiano, de facto, de outra galáxia. À técnica e velocidade exibidas, este Brasil juntou-lhe, contudo, agressividade a mais em certos lances, o que poderia ter feito descambar o jogo para um registo menos agradável.
Falta dizer que faz hoje precisamente 53 anos exactos que a selecção tinha sofrido pela última vez seis golos (com a Suécia, em Lisboa, também 2-6). Um resultado que, se já então era arrepiante, hoje, face ao patamar a que Portugal já ascendeu, é de todo inaceitável.

Rui Tovar in "Jogo Limpo"

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