Vejam bem este artigo que saiu no 24 horas sobre as comemorações militares que se realizaram em Évora, e depois vejam a resposta que um camarada militar deu a este "jornalista da treta". O artigo é comprido mas vale a pena ler até ao fim, está assinado pela esposa do camarada pelos motivos óbvios.
CERIMÓNIAS MILITARES
Começo por felicitá-lo pelo facto de ser Português, honra comum a
milhões de garbosos que desde a Batalha de São Mamede, pisam este pedaço
de terra de gente de bons costumes.
A sua alusão às Cerimónias Militares, na edição de sexta-feira dia 20 de
Junho de 2008, refere a sua opinião no que à utilização da emblemática Praça
de Giraldo diz respeito, por parte das Forças Armadas:
Permita-me a veleidade de lhe fazer alguns reparos: em primeiro lugar,
Giraldo escreve-se com “i” e não com “e”, em memória a D. Giraldo Pestana - o
Sem Pavor – um intrépido cavaleiro que em 01 de Dezembro de 1166 libertou
Évora de 451 anos de cativeiro…
Também a foto que inclui no seu artigo, nada tem a ver com esta
simbólica Praça, cuja arquitectura que a caracteriza, goza de uma outra
antiguidade…
Mas V. Exª não se ficou por aqui: auto nomeou-se porta-voz do povo e
das crianças que têm fome, sem certamente os ter consultado. Este é o vil
costume dos falsos moralistas que sob o escudo do que dizem e não do que
fazem, tencionam manipular os mais incautos …
Desconheço a sua idade, mas pelo rigor que dedicou ao artigo, presumo
que deve ser tenra, pois regra geral a idade está intrinsecamente associada à
maturidade.
Talvez por isso V. Exª não saiba que um dia, pelos finais de Abril de
1974 – já lá vão 34 anos – um grupo de Militares saiu dos quartéis rumo a
Lisboa para aí sim, libertarem o povo de quem são filhos, da guerra e fome de
que o Sr. fala sem decerto a ter sentido.
Talvez por isso, se esqueceu que estava também a falar dos milhares de
Soldados que além fronteiras defenderam e defendem a língua de Camões,
sempre que a Nação o exige…
A sua ignóbil prelecção foi deveras ousada, mas para enxovalhar a
memória dos muitos que sem pedir nada em troca pagaram com a vida a
defesa de todos nós, entre o quais V. Exª também se inclui…
Deixe-me esclarecê-lo, estimado autor, que as Forças Armadas servem
a Nação e servem para a Nação. Inserem-se na comunidade civil de quem são
filhos e colaboram com ela sempre que seja necessário. Participam em
actividades no âmbito da protecção civil para auxílio às populações em
situações de catástrofe ou outras. Recordo-lhe o mês de Março de 2001,
quando os canais de televisão mostravam a tragédia de Entre-os-Rios e
militares da Marinha vasculhavam as turvas águas do rio em busca das 59
vítimas. Provavelmente nessa altura, V. Exª recostava-se no conforto do seu
sofá, alvitrando palpites e balbuciando tácticas …
Quanto aos vencimentos e mordomias de que fala, lamento desapontá-lo,
mas mais uma vez está equivocado. Decerto não teve tempo para consultar
as tabelas que aliás são públicas, que discriminam quanto aufere quem uma
farda enverga. Talvez cogite que os militares não pagam impostos, têm senhas
para combustíveis ou não descontam o seu fardamento. Talvez julgue que
ganham horas extras quando prolongam o horário de trabalho. Talvez por isso
os apelide de maior cancro de Portugal.
Durante o tempo em que V. Exª rabiscava erros ortográficos e frases
plenas de atrocidades, militares como aqueles da foto do seu artigo, viviam a
angústia diária de patrulhar o longínquo Afeganistão, para que esse povo e
essas crianças um dia possam também sentir o sabor da liberdade.
Quanto à cidade de Évora, meu caro, sempre acarinhou os militares que
respeitosamente se orgulham de nela servir, desde os idos tempos do Sem
Pavor. Caracteriza-os como filhos que não quer ver partir, perpetuando nas
seculares pedras das muralhas o orgulho dos seus Quartéis. Reconhece o
valor da instituição castrense, sabendo conciliar as suas aptidões e
competências às necessidades dos Eborenses. Se assim não fosse, as
centenas de pessoas que assistiram ao desfile que V.Exª criticou, não o
aplaudiriam, nem deixariam que lágrimas traiçoeiras rolassem nas faces
comovidas quando os mortos foram evocados…
Faculte-me ainda a possibilidade de felicitar quem elegeu a mais bela
Praça da Cidade para as Cerimónias Militares. Certamente que dos inúmeros
assistentes que honraram com a sua presença o garbo da Parada Militar,
haverá muitos que um dia também servirão nas Forças Armadas. Por outro
lado, se a opção tivesse sido o Rossio de S. Brás com sugeriu, talvez V.Exª
tivesse antes elaborado um artigo a questionar porque não a Praça de Giraldo
(com “i”, naturalmente)…
Por isso, prezado escritor, permita-me um conselho: dedique-se à
leitura, actividade que enriquece a mente e transforma a alma. Aplique o tempo em benefício do País ao invés de menosprezar o que não conhece. Produza riqueza com trabalho honesto em prol dos mais desfavorecidos. Utilize a liberdade de expressão a qual lhe relembro que em 25 de Abril de 1974 foi reconquistada pelos Militares, para mostrar que a falta de rigor e ignorância do artigo de que V. Exª é signatário, não passou de um arrebatado desabafo de uma mente perturbada pela inveja, que vê na blasfémia a sua melhor aliada, dizendo mal e não fazendo melhor, atacando para não ser atacado…
Termino evocando Jesus, que no cume do seu tormento, suplicou: “Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Atrevo-me a plagiar o
pensamento, implorando clemência para quem na pequenez da sua escrita
exibe a grandeza da sua ignorância.
Adelaide A.F.R. de Paiva
milhões de garbosos que desde a Batalha de São Mamede, pisam este pedaço
de terra de gente de bons costumes.
A sua alusão às Cerimónias Militares, na edição de sexta-feira dia 20 de
Junho de 2008, refere a sua opinião no que à utilização da emblemática Praça
de Giraldo diz respeito, por parte das Forças Armadas:
Permita-me a veleidade de lhe fazer alguns reparos: em primeiro lugar,
Giraldo escreve-se com “i” e não com “e”, em memória a D. Giraldo Pestana - o
Sem Pavor – um intrépido cavaleiro que em 01 de Dezembro de 1166 libertou
Évora de 451 anos de cativeiro…
Também a foto que inclui no seu artigo, nada tem a ver com esta
simbólica Praça, cuja arquitectura que a caracteriza, goza de uma outra
antiguidade…
Mas V. Exª não se ficou por aqui: auto nomeou-se porta-voz do povo e
das crianças que têm fome, sem certamente os ter consultado. Este é o vil
costume dos falsos moralistas que sob o escudo do que dizem e não do que
fazem, tencionam manipular os mais incautos …
Desconheço a sua idade, mas pelo rigor que dedicou ao artigo, presumo
que deve ser tenra, pois regra geral a idade está intrinsecamente associada à
maturidade.
Talvez por isso V. Exª não saiba que um dia, pelos finais de Abril de
1974 – já lá vão 34 anos – um grupo de Militares saiu dos quartéis rumo a
Lisboa para aí sim, libertarem o povo de quem são filhos, da guerra e fome de
que o Sr. fala sem decerto a ter sentido.
Talvez por isso, se esqueceu que estava também a falar dos milhares de
Soldados que além fronteiras defenderam e defendem a língua de Camões,
sempre que a Nação o exige…
A sua ignóbil prelecção foi deveras ousada, mas para enxovalhar a
memória dos muitos que sem pedir nada em troca pagaram com a vida a
defesa de todos nós, entre o quais V. Exª também se inclui…
Deixe-me esclarecê-lo, estimado autor, que as Forças Armadas servem
a Nação e servem para a Nação. Inserem-se na comunidade civil de quem são
filhos e colaboram com ela sempre que seja necessário. Participam em
actividades no âmbito da protecção civil para auxílio às populações em
situações de catástrofe ou outras. Recordo-lhe o mês de Março de 2001,
quando os canais de televisão mostravam a tragédia de Entre-os-Rios e
militares da Marinha vasculhavam as turvas águas do rio em busca das 59
vítimas. Provavelmente nessa altura, V. Exª recostava-se no conforto do seu
sofá, alvitrando palpites e balbuciando tácticas …
Quanto aos vencimentos e mordomias de que fala, lamento desapontá-lo,
mas mais uma vez está equivocado. Decerto não teve tempo para consultar
as tabelas que aliás são públicas, que discriminam quanto aufere quem uma
farda enverga. Talvez cogite que os militares não pagam impostos, têm senhas
para combustíveis ou não descontam o seu fardamento. Talvez julgue que
ganham horas extras quando prolongam o horário de trabalho. Talvez por isso
os apelide de maior cancro de Portugal.
Durante o tempo em que V. Exª rabiscava erros ortográficos e frases
plenas de atrocidades, militares como aqueles da foto do seu artigo, viviam a
angústia diária de patrulhar o longínquo Afeganistão, para que esse povo e
essas crianças um dia possam também sentir o sabor da liberdade.
Quanto à cidade de Évora, meu caro, sempre acarinhou os militares que
respeitosamente se orgulham de nela servir, desde os idos tempos do Sem
Pavor. Caracteriza-os como filhos que não quer ver partir, perpetuando nas
seculares pedras das muralhas o orgulho dos seus Quartéis. Reconhece o
valor da instituição castrense, sabendo conciliar as suas aptidões e
competências às necessidades dos Eborenses. Se assim não fosse, as
centenas de pessoas que assistiram ao desfile que V.Exª criticou, não o
aplaudiriam, nem deixariam que lágrimas traiçoeiras rolassem nas faces
comovidas quando os mortos foram evocados…
Faculte-me ainda a possibilidade de felicitar quem elegeu a mais bela
Praça da Cidade para as Cerimónias Militares. Certamente que dos inúmeros
assistentes que honraram com a sua presença o garbo da Parada Militar,
haverá muitos que um dia também servirão nas Forças Armadas. Por outro
lado, se a opção tivesse sido o Rossio de S. Brás com sugeriu, talvez V.Exª
tivesse antes elaborado um artigo a questionar porque não a Praça de Giraldo
(com “i”, naturalmente)…
Por isso, prezado escritor, permita-me um conselho: dedique-se à
leitura, actividade que enriquece a mente e transforma a alma. Aplique o tempo em benefício do País ao invés de menosprezar o que não conhece. Produza riqueza com trabalho honesto em prol dos mais desfavorecidos. Utilize a liberdade de expressão a qual lhe relembro que em 25 de Abril de 1974 foi reconquistada pelos Militares, para mostrar que a falta de rigor e ignorância do artigo de que V. Exª é signatário, não passou de um arrebatado desabafo de uma mente perturbada pela inveja, que vê na blasfémia a sua melhor aliada, dizendo mal e não fazendo melhor, atacando para não ser atacado…
Termino evocando Jesus, que no cume do seu tormento, suplicou: “Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Atrevo-me a plagiar o
pensamento, implorando clemência para quem na pequenez da sua escrita
exibe a grandeza da sua ignorância.
Adelaide A.F.R. de Paiva
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Belíssimo texto, de um nível e educação muito acima do que o parvalhão merecia...
Poison Ivy disse...
11:23 da manhã