O Natal é, sem dúvida, uma das celebrações mais complexas do calendário português, no qual se observam elementos de cultos solsticiais e dos mortos, cerimónias da liturgia cristã comemorativas do nascimento de Jesus Cristo, entre outros. No dia 24 Dezembro, véspera de Natal, à noite, tem lugar a ceia de Natal (chamada de consoada); nesta serve-se bacalhau cozido e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos, etc.). Ainda no dia 24, no final da ceia, há a missa do galo à meia-noite, embora actualmente esta missa esteja a cair em desuso.
No próprio dia 25, há almoço melhorado com carnes diversas;também em algumas zonas do país no almoço do dia 25 é servida a tradicional roupa-velha, feita com os restos da consoada do dia anterior. Em certas zonas queima-se cepo do Natal, particular (nos lares), ou público (nos adros), à volta do qual se cantam canções tradicionais portuguesas.
O Natal é uma ocasião de ofertas e presentes cerimoniais: as consoadas.
E o que não pode faltar na noite de consoada? Isso mesmo, o “fiel amigo”
O bacalhau é de primordial importância nos hábitos alimentares portugueses, mas na quadra natalícia que vivemos, assume o papel de protagonista à mesa da maioria das pessoas. Portugal é primeiro importador no mundo de Bacalhau da Noruega; de qualidade reconhecida, o Bacalhau da Noruega é também o mais vendido em todo o mundo. Textura, sabor, aroma prolongado, entre outras propriedades, fazem dele um produto altamente apreciado e utilizado nas confecções culinárias. O bacalhau foi introduzido na alimentação pelos portugueses, que o descobriram no século XV, época das grandes navegações. Foi descoberto devido ás necessidades da época, em que era necessário um produto não perecível (pelo facto de poder ser salgado, e manter suas características gustativas) que aguentasse longas jornadas. As longas travessias pelo Atlântico duravam mais de três meses e após diversas tentativas com os peixes da costa local os tugas encontraram o bacalhau perto do Pólo Norte. Iniciaram tempos depois sua pesca na costa do Canadá e a partir daí até aos nossos dias é o que se sabe….
Ah! já me esquecia, e sempre acompanhado de um bom tinto!!
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